Início de ano, esperanças renovadas, planos improváveis, banhos de mar e aplausos (?) prum pôr-de-sol satírico e cabisbaixo. Depois você chega em casa e dá de cara com uma barata - herança úmida do calor da cidade. Barata, diga-se de passagem, vencida. Uma antiga e cínica inquilina. Visita prolongada de um ano que passou.
Completamente desatualizada, ela me encara. Estou suja de areia. Não existo. Alheia à todos planos de renovação, ela perdura. Dos seus olhos salta uma ambígua indiferença. A felicidade só é possível quando perde-se de vista, essa vertigem cor de ferrugem chamada esperança. Viva Gregor e Gh! Viva 2010!
PS: Essa barata foi a única testemunha da minha tentativa de alegria.
sábado, 9 de janeiro de 2010
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